terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Livre de ti

Quando amanha acordar,
quero estar livre de ti.
Sentir-te escorrer no meu corpo,
como o suor do esforço despendido.
Vou rasgar-te em mil pedaços,
e por-te ao favor do vento,
para que não mais voltes a reunir-te.
Sei que vais querer voltar um dia,
com doces rugidos de dor e perdão,
mas nem que seja verdadeira a dor,
jamais vou voltar a entrar em ti.
Quando acordar amanha,
quero estar livre de ti.
Sentir-te-ei como manteiga,
que derrete exposta ao sol.
A onipresença da vontade,
vai permanecer algum tempo.
Vai haver muita ânsia,
no meu corpo viciado.
Vou sentir a tua falta,
e viver um mau bocado,
mas vou ficar livre de ti.
Quando amanha acordar,
quero estar livre de ti.
Vitor Zapa 1992

1 comentário: